sábado, 27 de outubro de 2012

Música Brasileira

Índice:
1-Foto;
2-Música no Brasil;
3-Classicismo;
4-Romantismo;
5-Origens;
6-Modinha.

                                                                          Foto:
                                                         

 

                          Música no Brasil


A música do Brasil formou-se, principalmente, a partir da fusão de elementos europeus e africanos, trazidos respectivamente por colonizadores portugueses e pelos escravos.
Até o século XIX Portugal foi a porta de entrada para a maior parte das influências que construíram a música brasileira, erudita e popular, introduzindo a maioria do instrumental, o sistema harmônico, a literatura musical e boa parcela das formas musicais cultivadas no país ao longo dos séculos, ainda que diversos destes elementos não fosse de origem portuguesa, mas genericamente europeia. A maior contribuição do elemento africano foi a diversidade rítmica e algumas danças e instrumentos, que tiveram um papel maior no desenvolvimento da música popular e folclórica, florescendo especialmente a partir do século XX. O indígena praticamente não deixou traços seus na corrente principal, salvo em alguns gêneros do folclore, sendo em sua maioria um participante passivo nas imposições da cultura colonizadora.
Ao longo do tempo e com o crescente intercâmbio cultural com outros países além da metrópole portuguesa, elementos musicais típicos de outros países se tornariam importantes, como foi o caso da voga operística italiana e francesa e das danças como a zarzuela, o bolero e habanera de origem espanhola, e as valsas e polcas germânicas, muito populares entre os séculos XVIII e XIX, e o jazz norte-americano no século XX, que encontraram todos um fértil terreno no Brasil para enraizamento e transformação.
Com o importante influxo de elementos melódicos e rítmicos africanos, a partir de fins do século XVIII, a música popular começa a adquirir uma sonoridade caracteristicamente brasileira. Na música erudita, contudo, aquela diversidade de elementos só apareceria bem mais tarde. Assim, naquele momento, tratava-se de seguir - dentro das possibilidades técnicas locais, bastante modestas em relação aos grandes centros europeus ou mesmo em comparação com o México e o Peru - o que acontecia na Europa e, em grau menor, na América espanhola. Uma produção de caráter especificamente brasileiro na música erudita só aconteceria após a grande síntese realizada por Villa Lobos, já em meados do século XX.

                             Classicismo

Fator crucial para a transformação da vida musical e dos parâmetros estéticos brasileiros seria a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808. Até então o Rio não se distinguia em nada de outros centros culturais do país, sendo mesmo inferior a Minas e aos centros nordestinos, mas a presença da corte alterou radicalmente a situação, concentrando todas as atenções e servindo como grande estímulo a um outro florescimento artístico, já de molde claramente classicista.
Dom João VI havia trazido consigo a vasta biblioteca musical dos Bragança - uma das melhores da Europa na época - e rapidamente mandou vir músicos de Lisboa e castrati da Itália, reorganizando a Capela Real agora com cerca de 50 cantores e uma centena de instrumentistas, e mandou construir um suntuoso teatro, chamado de Real Teatro de São João. A música profana contou com a presença de Marcos Portugal, nomeado Compositor da Corte e Mestre de Música dos Infantes, e de Sigismund von Neukomm, que contribuíram com apreciável quantidade de obras próprias e também para divulgar na capital o trabalho de importantes autores europeus, como Mozart e Haydn.
Neste ambiente atuou o primeiro grande compositor brasileiro, o padre José Maurício Nunes Garcia. Homem de grande cultura para sua origem - era mulato e pobre - foi um dos fundadores da Irmandade de Santa Cecília no Rio, professor de muitos alunos, Pregador Régio e Mestre da Capela Real da Sé durante a estada de Dom João VI no Brasil. Deixou extensa obra de alta qualidade, onde se destacam a Missa Pastoril, a Missa de Santa Cecília, o Officium de 1816, e as intensamente expressivas Matinas de Finados, para coro a capella, além de alguma música instrumental e obras teóricas.
São interessantes neste período também as figuras de Gabriel Fernandes da Trindade, compositor de modinhas e das únicas peças camerísticas remanescentes do início do século XIX,[11] um conjunto de refinados Duos Concertantes para violinos, e João de Deus de Castro Lobo, que atuou nas já decadentes Mariana e Ouro Preto, mas deixando obra de grande qualidade.
Este período de brilho não duraria muito. Em 1821 o rei foi obrigado a retornar a Lisboa, levando consigo a corte, e a vida cultural no Rio esvaziou-se de súbito. Apesar do entusiasmo de Dom Pedro I pela música, sendo ele mesmo autor de algumas peças e da música do Hino da Independência, a difícil situação financeira gerada pela independência não permitia muitos luxos. O incêndio do Teatro de São João em 1824 foi outro golpe, apesar de ter sido restaurado e reinaugurado sob o nome de Teatro de São Pedro de Alcântara e continuar com suas récitas operísticas. Com a abdicação de Dom Pedro em 1831 e a consequente instabilidade política e social durante a menoridade de seu sucessor, o cenário se estreitou ainda mais e foi dissolvida a Capela Imperial, permanecendo um punhado de músicos.

                                                      Romantismo 

A figura central nestes tempos difíceis foi Francisco Manuel da Silva, discípulo do Padre José Maurício e sucessor de seu mestre na Capela. Apesar de ser compositor de escassos recursos, merece crédito por sua importante atividade organizadora, fundando o Conservatório de Música do Rio de Janeiro e sendo o regente do Teatro Lírico Fluminense e depois da Ópera Nacional. Também foi o autor do Hino Nacional Brasileiro. Sua obra refletiu a transição do gosto musical para o Romantismo, quando o interesse dos compositores nacionais recaiu principalmente sobre a ópera. Neste campo a maior figura foi sem dúvida Antônio Carlos Gomes, que compôs óperas com temas nacionalistas mas com estética europeia, tais como Il Guarany e Lo Schiavo, que conquistaram sucesso em teatros europeus exigentes como o La Scala, em Milão.
O bel canto estava em seu auge na Europa, e era apreciadíssimo no Brasil, especialmente na capital, mas também em Recife, São Paulo e Salvador. Há registro de inúmeras representações de obras de Rossini, Bellini, Donizetti e mesmo Verdi, além de compositores franceses como Meyerbeer, Adam e Hérold. Em 1857 foi criada a Ópera Nacional, sob inspiração de José Amat, e logo a iniciativa foi respaldada pelo governo. De início dedicada a apresentação de zarzuelas e óperas cômicas, logo passou a incorporar ao repertório obras sérias brasileiras de José Ferreira, Elias Álvares Lobo e Carlos Gomes, e algumas óperas estrangeiras foram encenadas no vernáculo. A voga da ópera perduraria até meados do século XX e seria o motivo para a construção de uma série de teatros importantes, como o Amazonas de Manaus, o Municipal do Rio, o São Pedro em Porto Alegre, o da Paz em Belém e diversos outros, todos de proporções majestosas e decorados com requintes de luxo.
Apesar da primazia da ópera a música instrumental também era praticada, sendo o piano o instrumento privilegiado. Alguns pianistas importantes realizaram recitais aqui, como Sigismond Thalberg em 1855, e Gottschalk fez furor com sua Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro. Nesta época algumas associações privadas se organizaram para realização de recitais e concertos destinados a sócios em São Paulo, onde Alexandre Levy criou o Clube Haydn, e no Rio, onde o Clube Mozart, fundado em 1867, e o Clube Beethoven, de 1882, realizaram centenas de concertos.
Entre os meados do século XIX e o início do século XX tiveram um papel importante através de sua produção com características progressistas Leopoldo Miguez, seguidor da escola wagneriana, Glauco Velásquez, de curta e brilhante aparição, e Henrique Oswald, que empregava elementos do impressionismo musical francês.

                                  Origens

Os primeiros exemplos de música popular no Brasil datam do século XVII, como o lundu, originalmente uma dança africana que chegou ao Brasil, via Portugal, ou diretamente, com os escravos vindos de Angola. Tinha uma natureza sensual e humorística que foi censurada na metrópole, mas no Brasil recuperou este caráter, apesar de ter incorporado algum polimento formal e instrumentos como o bandolim. Mais tarde o lundu, que de início não era cantado, evoluiu assumindo um caráter de canção urbana e se tornando popular como dança de salão. Outra dança muito antiga é o cateretê, de origem indígena e influenciada mais tarde pelos escravos africanos


                               Modinha

Entre os séculos XVIII e XIX a modinha assumiu um lugar de destaque. De origem possivelmente portuguesa a partir de elementos da ópera italiana, foi citada pela primeira vez na literatura por Nicolau Tolentino de Almeida em 1779, embora seja ainda mais antiga.[13] Domingos Caldas Barbosa foi um de seus primeiros grandes expoentes, publicando uma série que foi extremamente popular na época. A modinha é em linhas gerais uma canção de caráter sentimental de feição bastante simplificada, muitas vezes de estrutura estrófica e acompanhamento reduzido a uma simples viola ou guitarra, sendo de apelo direto às pessoas comuns. Mesmo assim era uma presença constante nos saraus dos aristocratas, e podia ser mais elaborada e acompanhada por flautas e outros instrumentos e ter textos de poetas importantes como Tomás Antônio Gonzaga, cujo Marília de Dirceu foi musicado uma infinidade de vezes. A modinha era tão apreciada que também músicos da corte criaram algumas peças no gênero, como Marcos Portugal, autor de uma série com letras extraídas da Marília de Dirceu, e o Padre José Maurício, autor da célebre Beijo a mão que me condena.




sábado, 20 de outubro de 2012

Sol

Índice:
1-Foto;
2-O que sol?;
3-Núcleo;
4-Produção de energia;
5-Eclipses do sol.

                                                Foto:

                                           The Sun by the Atmospheric Imaging Assembly of NASA's Solar Dynamics Observatory - 20100819.jpg
 
     
                                                                O que é sol ?
 
O Sol (do latim sol, solis) é a estrela central do Sistema Solar. Todos os outros corpos do Sistema Solar, como planetas, planetas anões, asteroides, cometas e poeira, bem como todos os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor. Responsável por 99,86% da massa do Sistema Solar, o Sol possui uma massa 332 900 vezes maior que a da Terra, e um volume 1 300 000 vezes maior que o do nosso planeta.
A distância da Terra ao Sol é de cerca de 150 milhões de quilômetros, ou 1 unidade astronômica. Na verdade, esta distância varia com o ano, de um mínimo de 147,1 milhões de quilômetros (0,9833 UA) no perélio (ou periélio) a um máximo de 152,1 milhões de quilômetros (1,017 UA) no afélio (em torno de 4 de julho).[14] A luz solar demora aproximadamente 8 minutos e 18 segundos para chegar à Terra. Energia do Sol na forma de luz solar é armazenada em glicose por organismos vivos através da fotossíntese, processo do qual, direta ou indiretamente, dependem todos os seres vivos que habitam nosso planeta.[15] A energia do Sol também é responsável pelos fenômenos meteorológicos e o clima na Terra.[16]
É composto primariamente de hidrogênio (74% de sua massa, ou 92% de seu volume) e hélio (24% da massa solar, 7% do volume solar), com traços de outros elementos, incluindo ferro, níquel, oxigênio, silício, enxofre, magnésio, néon, cálcio e crômio.[17]
Possui a classe espectral de G2V: G2 indica que a estrela possui uma temperatura de superfície de aproximadamente 5 780 K, o que lhe confere uma cor branca (apesar de ser visto como amarelo no céu terrestre, o que se deve à dispersão dos raios na atmosfera);[18] O V (5 em números romanos) na classe espectral indica que o Sol, como a maioria das estrelas, faz parte da sequência principal. Isto significa que o astro gera sua energia através da fusão de núcleos de hidrogênio para a formação de hélio. Existem mais de 100 milhões de estrelas da classe G2 na Via Láctea. Considerado anteriormente uma estrela pequena, acredita-se atualmente que o Sol seja mais brilhante do que 85% das estrelas da Via Láctea, sendo a maioria dessas anãs vermelhas.[19][20] O espectro do Sol contém linhas espectrais de metais ionizados e neutros, bem como linhas de hidrogênio muito fracas.
A coroa solar expande-se continuamente no espaço, criando o vento solar, uma corrente de partículas carregadas que estende-se até a heliopausa, a cerca de 100 UA do Sol. A bolha no meio interestelar formada pelo vento solar, a heliosfera, é a maior estrutura contínua do Sistema Solar.[21][22]
O Sol orbita em torno do centro da Via Láctea, atravessando no momento a Nuvem Interestelar Local de gás de alta temperatura, no interior do Braço de Órion da Via Láctea, entre os braços maiores Perseus e Sagitário. Das 50 estrelas mais próximas do Sistema Solar, num raio de até 17 anos-luz da Terra, o Sol é a quarta maior em massa.[23] Diferentes valores de magnitude absoluta foram dados para o Sol, como, por exemplo, 4,85,[24] e 4,81.[25] O Sol orbita o centro da Via Láctea a uma distância de cerca de 24 a 26 mil anos-luz do centro galáctico, movendo-se geralmente na direção de Cygnus e completando uma órbita entre 225 a 250 milhões de anos (um ano galáctico). A estimativa mais recente e precisa da velocidade orbital do sol é da ordem de 251 km/s.[26][27]
Visto que a Via Láctea move-se na direção da constelação Hidra, com uma velocidade de 550 km/s, a velocidade do Sol relativa à radiação cósmica de fundo em micro-ondas é de 370 km/s, na direção da constelação Crater.[28]


                                                                                         Núcleo

Acredita-se que o núcleo do Sol estende-se do centro solar até 0,2 a 0,25 raios solares.[39] O centro do Sol possui uma densidade de até 150 g/cm³,[40][41] 150 vezes a densidade da água na Terra, e uma temperatura de cerca de 13 600 000 K. Análises recentes da missão SOHO indicam que a rotação do núcleo solar é mais rápida que a do restante da zona de radiação.[39] Atualmente, e durante grande tempo da vida solar, a maior parte da energia produzida pelo Sol é gerada por fusão nuclear via cadeia próton-próton, convertendo hidrogênio em hélio.[42] Menos de 2% do hélio gerado no Sol provém do ciclo CNO. O núcleo solar é a única parte do Sol que produz energia em quantidade significativa via fusão. O restante do Sol é aquecido pela energia transferida do núcleo para as regiões externas. Toda a energia produzida pela fusão precisa passar por várias camadas até a fotosfera antes de escapar para o espaço como luz solar ou energia cinética de partículas.[43][44]


                                            Produção de energia

A fusão de hidrogênio ocorre primariamente segundo uma cadeia de reações chamada de cadeia próton-próton:[45]
4 ¹H → 2 ²H + 2 e+ + 2 νe (4,0 MeV + 1,0 MeV)
2 ¹H + 2 ²H → 2 3He + 2 γ (5,5 MeV)
2 3He → 4He + 2 ¹H (12,9 MeV)
Estas reações podem ser sumarizadas segundo a seguinte fórmula:
4 ¹H → 4He + 2 e+ + 2 νe + 2 γ (26,7 MeV)
O Sol possui cerca de 8,9 x 1056 núcleos de hidrogênio (prótons livres), com a cadeia próton-próton ocorrendo 9,2 x 1037 vezes por segundo no núcleo solar. Visto que esta reação utiliza quatro prótons, cerca de 3,7 x 1038 prótons (ou 6,2 x 1011 kg) são convertidos em núcleos de hélio a cada segundo.[44] Esta reação converte 0,7% da massa fundida em energia,[46] e como consequência, cerca de 4,26 milhões de toneladas métricas por segundo são convertidos em 383 yotta-watts (3,83 x 1026 W),[44] ou 9,15 x 1010 megatoneladas de TNT de energia por segundo, segundo a equação de massa-energia E=mc² de Albert Einstein.[47]
A densidade de potência é de cerca de 194 µW/kg de matéria,[48] e, embora visto que a fusão ocorra no relativamente pequeno núcleo solar, a densidade da potência do plasma nesta região é 150 vezes maior.[49] Em comparação, o calor produzido pelo corpo humano é de 1,3 W/kg, cerca de 600 vezes maior do que no Sol, por unidade de massa.[50]
Mesmo tomando em consideração apenas o núcleo solar, com densidades 150 vezes maior do que a densidade média da estrela, o Sol produz relativamente pouca energia, a uma taxa de 0,272 W/m³. Surpreendentemente, essa potência é muito inferior àquela gerada por uma vela acesa.[nota 2] O uso de plasma na Terra com parâmetros similares ao do núcleo solar é imprático, se não impossível: mesmo uma modesta usina de 1 GW requereria cerca de 5 bilhões (5 mil milhões) de toneladas métricas de plasma.
A taxa de fusão nuclear depende muito da densidade e da temperatura do núcleo: uma taxa um pouco mais alta de fusão faz com que o núcleo aqueça, expandindo as camadas exteriores do Sol, e consequentemente, diminuindo a pressão gravitacional exercida pelas camadas externas e a taxa de fusão. Com o diminuimento da taxa de fusão, as camadas externas contraem, aumentando sua pressão contra o núcleo solar, o que novamente aumentará a taxa de fusão fazendo repetir-se o ciclo.[52][53]
Os fótons de alta energia (raios gamas) gerados pela fusão nuclear são absorvidos por núcleos presentes no plasma solar e re-emitidos novamente em uma direção aleatória, dessa vez com uma energia um pouco menor. Depois são novamente absorvidos e o ciclo se repete. Como consequência, a radiação gerada pela fusão nuclear no núcleo solar demora muito tempo para chegar à superfície. Estimativas do tempo de viagem variam entre 10 a 170 mil anos.[54]
Após passar pela camada de convecção até a superfície "transparente" da fotosfera, os fótons escapam como luz visível. Cada raio gama no núcleo solar é convertido em vários milhões de fótons visíveis antes de escaparem no espaço. Neutrinos também são gerados por fusão nuclear no núcleo, mas, ao contrário dos fótons, raramente interagem com matéria. A maior parte dos neutrinos produzidos acabam por escapar do Sol imediatamente. Por vários anos, medidas do número de neutrinos produzidos pelo Sol eram três vezes mais baixas do que o previsto. Este problema foi resolvido recentemente com a descoberta dos efeitos da oscilação de neutrinos. O Sol de fato produz o número de neutrinos previsto em teoria, mas detectores de neutrinos na Terra não detectavam dois terços deles porque os neutrinos mudavam de sabor.[55]

                                 Eclipses do Sol


Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa na frente do Sol e da Terra, cobrindo parcialmente ou totalmente o Sol. Estes eventos podem ocorrer apenas durante a Lua nova, onde o Sol e a Lua estão em conjunção, como visto da Terra. Entre dois a cinco eclipses solares ocorrem por ano na Terra, com o número de eclipses totais do Sol variando entre zero e dois.[111] Eclipses totais do Sol são raras em uma localização qualquer na Terra devido que cada eclipse total existe apenas em um estreito corredor na área relativamente pequena da penumbra da Lua.

sábado, 6 de outubro de 2012

Água

Índice:
1-Foto;
2-O que é água?;
3-Água no universo;
4-Ciclo hidrológico;
5-Água e os seres vivos;
6-Água na religião;
7-Poluição e contaminação;


                                                                        Foto


O que é Água ?


A água é o nosso bem mais precioso, composta de hidrogênio e oxigênio, essencial para a vida humana. O planeta terra é formado de 71% de água, sendo a maioria formada nos oceanos, que possui 97% da água superficial, porém também existem os rios, lagos, lagoas, geleiras, aqüíferos, entre outros.
Porém é inevitável não falar de sua escassez, pode ser que a água acabe daqui alguns anos se as pessoas não se conscientizarem rapidamente. Mas porque isso pode acontecer se o planeta é formado mais de água do que terra? Bom, isso é o que muitos não entendem, a água não está de fato acabando, apenas a água potável, a qual consumimos.A água é essencial por vários motivos: como: ajuda o nosso organismo a funcionar, evita a desidratação, mantêm a temperatura do corpo estável, eliminando possíveis impurezas, é utilizada para a higiene pessoal, enfim, são muitas utilidades.

                                                        Água no universo

Grande parte da água do universo pode ser um subproduto de formação estelar. O nascimento das estrelas é acompanhado por um forte vento de gás e poeira. Quando esse fluxo de material impacta o gás circundante, as ondas de choque que são criadas comprimem e aquecem o gás, produzindo água.
A água tem sido detectada em nebulosas na nossa galáxia, a Via Láctea. Provavelmente existe água em abundância em outras galáxias porque os seus elementos, hidrogênio e oxigênio, estão entre os mais abundantes no universo. Por vezes, nuvens interestelares condensam em nébulas solares e sistema solares como o nosso.


                                                       Ciclo hidrológico


             
O ciclo da água, conhecido cientificamente como o ciclo hidrológico, refere-se à troca contínua de água na hidrosfera, entre a atmosfera, a água do solo, águas superficiais, subterrâneas e das plantas. A água se move perpetuamente através de cada uma destas regiões no ciclo da água constituíndo os seguintes processos de transferência:
  • Evaporação dos oceanos e outros corpos de água no ar e transpiração das plantas terrestres e animais para o ar.
  • Precipitação, pela condensação do vapor de água do ar, que cai na terra ou no mar.
  • Escoamento da terra geralmente atingem o mar.
A maior parte do vapor de água sobre os oceanos retorna aos oceanos, mas os ventos transportam o vapor de água para a terra com a mesma taxa de escoamento para o mar, a cerca de 36  por ano. Sobre a terra, a evaporação e transpiração contribuem com outros 71 t de água por ano. A chuva, com uma taxa de 107 t por ano sobre a terra, tem várias formas: mais comumente chuva, neve e granizo, com alguma contribuição em nevoeiros e orvalho. A água condensada no ar também podem refratar a luz solar para produzir um arco-íris.
O escoamento das águas, muitas vezes recolhe mais de bacias hidrográficas que correm para os rios. Um modelo matemático utilizado para simular o fluxo de um rio ou córrego e calcular os parâmetros de qualidade da água é o modelo de transporte hidrológico. Parte da água é desviada para irrigação. Rios e mares são importantes para viagens e para o comércio. Através da erosão, o escoamento molda o ambiente criando vales e deltas fluviais que fornecem um solo rico para o estabelecimento de centros de população. Uma inundação ocorre quando uma área de terra, geralmente de baixa altitude, é coberta com água; acontece quando um rio transborda das suas margens ou o mar invade a costa. A seca é um período de meses ou anos durante o qual uma região registra uma deficiência no seu abastecimento de água. Isto ocorre quando precipitação de uma região recebe níveis sistematicamente abaixo da média.                          

                                               Água e os seres vivos

Todas as formas conhecidas de vida precisam de água. Os humanos consomem "água de beber" (água potável, ou seja, água compatível com as características de nosso corpo).
No corpo humano a água é o principal constituinte (entre 70% a 75%) e sua quantidade depende de vários fatores estabelecidos durante a vida do indivíduo, entre eles a idade, o sexo, a massa muscular, o aumento ou perda de peso, o tecido adiposo, e até mesmo a gravidez ou lactação.A água é um componente essencial para o bom funcionamento geral do organismo, ajudando em algumas funções vitais, tais como o controle de temperatura do corpo, por exemplo.


                                                       Água na religião

A água é considerada como purificadora na maioria das religiões, incluindo o Hinduísmo, Cristianismo, Judaísmo, Islamismo, Xintoísmo e Wicca. O exemplo do batismo nas igrejas cristãs é praticado com água, simbolizando o nascimento de um novo ser, purificado com remissão dos pecados. Verifica-se que, nas mitologias politeístas, os deuses vinculados à água — Yemanjá, Vishnu, Enki e Poseidon (Netuno), para citar alguns exemplos —, em regra, possuem mais seguidores, gozam de maior prestígio ou ocupam graduação mais elevada em relação às demais divindades representantes de outros fenômenos naturais.
Seguindo um princípio semelhante, em outras religiões, incluindo o Judaísmo e o Islamismo, é ministrado aos mortos um banho de água purificada, simbolizando a passagem para a nova vida espiritual eterna. Ainda no Islão, os fiéis apenas podem praticar as cinco orações diárias após a lavagem do corpo com água limpa, no ritual de ablução denominado abdesto (ou wudu). No Xintoísmo e na Wicca, a água é usada em quase todos os rituais de limpeza dos praticantes. Na Nova Versão Internacional da Bíblia, o termo "água" é mencionado 442 vezes.
Na mitologia Celta, Sulis é a deusa das nascentes termais. No Hinduísmo, o rio Ganges é personificado como uma deusa, enquanto que Sarasvati é referida como a deusa dos Vedas. A água é também um dos tatvas (cinco elementos básicos da natureza segundo o Hinduísmo, onde se incluem o fogo, a terra, o akasha e o ar). Em outras tradições, deuses e deusas são mencionados como patronos locais de nascentes, rios ou lagos, como no exemplo da mitologia grega e romana, onde Peneus era o deus do rio. Na religião Wicca a água é tida como um dos símbolos da Grande-Deusa, assim como o cálice e o caldeirão.


                                           Poluição e contaminação

A poluição da água prejudica o seu uso, podendo atingir o homem de forma direta, pois ela é usada por este para ser bebida, higiene pessoal, lavagem de roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos animais domésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e na irrigação agrícola. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de micro-organismos patogênicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde da recolha nos rios até à chegada nas residências urbanas ou rurais. A água é considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes fecais e menos de dez micro-organismos patogênicos por litro (como aqueles causadores de verminoses, cólera, esquistossomose, febre tifoide, hepatite, leptospirose, poliomielite). Portanto, para a água se manter nessas condições, deve evitar-se sua contaminação por resíduos, sejam eles agrícolas (de natureza química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais ou sedimentos provenientes da erosão.




                                                                

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Minas Gerais

Índice:
1-Foto;
2-História;
3-Cultura;
4-Economia;
5-Educação;
6-Meio Ambiente;
7-Turismo;
8-Dados Gerais;
9-Mapa.


                                                                        Foto

História

   O estado de Minas Gerais começou a ser explorado pela primeira vez no século XVI, quando os bandeirantes entraram na região à procura de ouro e pedras preciosas.

Quando soube que a região era rica em minérios e recursos naturais, a Coroa Portuguesa fundou a primeira vila de Minas Gerais em 1711, na cidade de Mariana. Com o atrativo, a região teve um rápido crescimento populacional e logo se tornou um importante centro econômico do país.
Mesmo com a extração, Portugal criou formas rígidas de cobrar mais impostos dos minérios, além de dificultar o desenvolvimento de outras atividades que pudessem garantir mais renda à província, como a exportação de alimentos, fumo, algodão e açúcar.
O descaso dos portugueses acabou suscitando em um dos principais movimentos anticoloniais do século XVIII: a Inconfidência Mineira. Inspirados pela Revolução Francesa de 1789, diversos intelectuais, religiosos e proprietários rurais se reuniram com a intenção de livrar o estado do domínio português. O alastramento dos ideais republicanos deixou a monarquia lusitana em alerta, principalmente com a suspeita de conspirações que ameaçassem a estabilidade do governo.
Neste movimento de insurreição, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi traído e assassinado em frente à multidão por enforcamento no dia 21 de abril de 1792.
Com os embargos em torno do minério, o estado de Minas Gerais só conseguiu estabilizar sua economia com a comercialização do café, que deu gás para o investimento maciço em transportes e a exportação do produto em outras regiões.
O café foi o primeiro passo para a industrialização do estado. Desta forma, as empresas que injetavam capital privado na região deram impulso para a criação de pequenas e microempresas nos setores alimentícios, têxteis e siderúrgicos. No início do século XX, o café era o principal produto do país, fazendo com que o estado se tornasse uma das maiores potências (além de São Paulo).
Entretanto, na década de 1970, com o Regime Militar, capitais industrializadas como São Paulo, Rio de Janeiro e até mesmo Belo Horizonte ganharam um grande volume de investimento, o que acabou desestruturando as cidades interioranas, que se tornaram dependentes de polos industriais.
Ainda hoje, Minas Gerais é um dos estados mais ricos do Brasil. Sua extensão territorial comporta as nações da França e Bélgica e sua população é estimada em 20,1 milhões de habitantes.


                                    Cultura

A diversidade cultural de Minas Gerais é uma das riquezas e um dos patrimônios mais importantes do Brasil. E se delimitarmos apenas a produção cultural dos seus 835 municípios, chegaremos a uma infinidade de elementos, muitas vezes desconhecidos pelos moradores locais, como pelos habitantes dos outros estados.
Muito mais do que explorar turisticamente e economicamente os aspectos culturais de Minas Gerais, deve-se ter em mente que é necessária a valorização de todos os bens culturais e a apropriação desses, por parte de quem vive no estado, para que então seja reconhecida a dimensão simbólica e cidadã que o patrimônio cultural tem.
O Estado de Minas Gerais detém boa parte do patrimônio histórico nacional e suas cidades centenárias contêm importantes registros materiais que narram episódios importantes da história do Brasil além de serem palco para manifestações artísticas. O Estado também reúne enorme acervo arquitetônico e artístico do período colonial preservado nas cidades de Ouro Preto, Diamantina e Congonhas do Campo, verificado pelas obras em estilo Barroco, nas quais se destacam os trabalhos de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e Mestre Athaíde.
As manifestações folclóricas em Minas têm suas origens nas tradições, nos usos e costumes dos colonizadores portugueses, com forte influência das culturas indígena e africana. Essas influências estão presentes no artesanato, na culinária, nas danças típicas, nas músicas, na literatura, e no folclore, com as manifestações populares. Em contraposição a esse aspecto cultural tão ímpar e tradicional, Minas também é um estado de aspectos modernos e contemporâneos verificados na tecnologia, nas artes, na arquitetura, música e teatro que se fazem atingíveis em todo o Brasil, com reconhecimento internacional.
Minas é um estado que soube usar todas as suas influências, que soube atrair olhares para sua região, que resultaram na produção de uma sociedade tão autêntica nas suas manifestações e expressões culturais. No campo do folclore, as crendices e superstições dos mineiros são cultivadas de geração em geração, como por exemplo, a crença de que deixar roupas pelo avesso causa “atrasos à vida”. A medicina popular também é outra marca de Minas, com a procura por benzedeiras para fazer chás, simpatias, banhos e benzimentos com a finalidade de solucionar problemas de saúde.
A culinária mineira com seus pratos deliciosos (feijão tropeiro, o angu de milho verde ou de fubá com frango, a paçoca de carne seca, farofas) cria hábitos e costumes na sua população. Culinária essa que caracteriza-se por ser agradável e se unir à hospitalidade conhecida do mineiro, que oferece ao seu visitante seus pratos típicos que atravessaram séculos e encontram-se em muitas das mesas mineiras. Em algumas cidades do interior, costuma-se preparar a quitanda, onde vários quitutes (bolos, pão de queijo, biscoitos etc) são preparados juntos aproveitando o calor do forno à lenha. As comidas mineiras são a mistura de influências das comidas indígenas, dos escravos africanos, dos portugueses, dos tropeiros.
De Minas saíram várias maneiras do mundo, do próprio estado e do Brasil serem lidos, através das páginas de escritores mundialmente conhecidos, como Carlos Drummond de Andrade. De Minas, floresceram os ideais de liberdade que espalharam-se pelo Brasil. Foram feitos pratos ao sabor mineiro para o Estado ser saborosamente degustado, saíram formas do mundo ser representando, pelas mãos de Aleijadinho, e o sonho do homem voar surgiu da criação de Santos Dumont, sem mencionar os grande feitos de Pelé no futebol.
A listagem de bens materiais mineiros que estão na Lista do Patrimônio Mundial reconhecidos pela Unesco é extensa. Outros patrimônios foram tombados na esfera nacional, através do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico Nacional), estando localizados nas cidades de Ouro Preto, Congonhas do Campo, Belo Horizonte, em Sabará, em Cataguases etc. Sendo esses patrimônios representados por conjuntos arquitetônicos de importância e referência histórica, conjuntos paisagísticos, diversas igrejas, capelas e imagens sacras.
Talvez o jeito mineiro seja muito mais do que o jeito tranquilo e agradável de falar. É o jeito de se expressar, de se fazer representar. O jeito mineiro vai além do tradicional pão de queijo, vai além das diversas igrejas e imagens tombadas como patrimônio cultural, vai além da arquitetura. Influenciados por diversos costumes construídos através do tempo e das relações sociais, e apurados pelas fronteiras com outros estados, os mineiros foram construindo seus hábitos. E a partir de tudo isso foi produzida a cultura mineira, com diversos ingredientes se mesclando continuamente.


                                   Economia

Situado no sudeste do Brasil, o estado de Minas Gerais sempre foi um importante polo econômico para o país desde a época do Brasil Colônia e, atualmente, assume posição de destaque nos segmentos da produção industrial e prestação de serviços.
Durante o ciclo do ouro, do final século XVII até o século XVIII, a economia brasileira girou em torno da exploração aurífera e de todos os ganhos que o produto trazia, que foram revertidos principalmente no enriquecimento da Coroa Portuguesa, seguido pelo crescimento de cidades e a ornamentação de igrejas mineiras. No século XX, na Primeira República (1889-1930), Minas despontava no cenário político brasileiro como consequência de sua consolidação econômica. O Estado protagonizava com São Paulo a “política do café com leite”, nome dado à alternância dos dois estados no poder executivo federal, caracterizados pela produção cafeeira (São Paulo) e leiteira (Minas Gerais).
Atualmente, Minas Gerais é a terceira economia do Brasil, ficando atrás de outros dois estados também da região sudeste, São Paulo e Rio de Janeiro. Seu Produto Interno Bruto (PIB), em torno de R$ 236,9 bilhões (segundo informações do IBGE para o ano de 2007), corresponde a cerca de 9,6% do PIB total do Brasil. Essa posição no cenário nacional resulta de uma economia diversificada, respondendo em maior parte por atividades no Setor Terciário (comércio e serviços) com quase 60% do PIB do estado. O Setor Secundário (segmento industrial) representa pouco mais de 32% do seu PIB e o Setor Primário é responsável por pouco mais de 8%.
Em pleno século XXI, a posição de maior produtor de leite ainda pertence ao estado mineiro, com cerca de 7 bilhões de litros por ano. Na agricultura, são múltiplas as atividades agrícolas. Entre as culturas que se evidenciam estão a produção de café (maior produtor nacional) e de cana de açúcar. Além de seu expressivo rebanho leiteiro, setores da indústria e tecnologia foram aprimorados. O estado está na dianteira nacional na produção industrial de nióbio (principal matéria prima utilizada na fabricação de tubos transportadores de água e petróleo em longas distâncias), de minério de ferro, de aço e cimento, sendo boa parte destinada a exportação. Além disso, Minas Gerais é o maior polo nacional de biotecnologia e o segundo maior polo automotivo e o segundo em fundição. São empresas privadas e estatais de grande expressão que estão no estado confirmando o sucesso desses setores econômicos e desenvolvendo suas atividades.
O destaque de Minas Gerais na economia brasileira se deve, entre outros fatores, à sua localização estratégica, por estar no ponto de convergência das ferrovias e rodovias que ligam o sul e o norte/nordeste do país, comportando por volta de 16% da malha viária do país. Economicamente, a posição geográfica e a infraestrutura são motivos de incrementação e atração de novos investimentos em negócios, pois o estado está na rota de acesso aos estados do Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Minas Gerais está próximo de 78% do mercado consumidor brasileiro, o que facilita muito o escoamento da produção, convertendo-se diretamente em ganhos econômicos. Assim, além de desenvolver todo seu potencial econômico, o estado atrai investimentos por sua credibilidade e facilidade nas relações com negociadores. O próprio estado, com pouco mais de 20 milhões de habitantes (estimativa Censo 2009-IBGE), representa um grande mercado consumidor, com pouco mais de 9,9 milhões de pessoas economicamente ativas. Alie-se a isso a localização na região mais produtiva do Brasil, ao equilíbrio orçamentário, a economia diversificada, a infraestrutura de transporte, energia e telecomunicações, a mão de obra qualificada e a empresas caracterizadas por seu forte dinamismo e inovação. Por tudo isso, os melhores investimentos na economia mineira estão voltados ao agronegócio, à indústria de cimento, ao comércio exterior, à indústria automotiva, à mineração e siderurgia.


                                  Educação

O quadro da educação em Minas vem se modificando rapidamente, sendo visíveis os resultados através dos indicadores educacionais nacionais que têm aumentado significativamente a cada ano. Esses resultados são consequência de políticas e ações implementadas na educação, o que coloca Minas como referência para os demais estados por sua capacidade em implementar soluções inovadoras no atendimento, melhoria e qualidade da educação à população.
No quadro da educação nacional, segundo dados do Censo Escolar de 2009, no Brasil são 197.468 estabelecimentos de ensino básico, matriculando 52.580.452 alunos. Em Minas Gerais, a educação básica ocorre em 17.734 estabelecimentos, com um total de pouco mais de 5.048.870 matrículas.
No ensino médio, foram registradas 824.798 matrículas em 2888 estabelecimentos de Minas. Quanto ao ensino superior, segundo dados do Censo da Educação Superior no Brasil de 2009, Minas Gerais tem 308 instituições de ensino superior, sendo o segundo estado brasileiro em maior quantidade de estabelecimentos desse segmento. Quanto à educação especial, são 41553 matrículas distribuídas em 462 escolas.
Minas Gerais tem importantes diferenciais na área educacional. Um deles é que foi o primeiro estado a implantar o ensino fundamental de nove anos, desde 2004. O estado também cumpre sua obrigação através de diferentes programas e ações voltados ao desenvolvimento educacional. É o caso do Programa Mais Educação que, incentivado e apoiado pelo MEC (Ministério da Educação), consiste na educação em tempo integral, onde o aluno fica pouco mais de 7h na escola, participando de atividades de reforço escolar, como de atividades complementares: prática de esportes, de atividades artísticas e culturais, que desenvolvem várias habilidades nos alunos, ampliam o conhecimento e resultam em índices significativos da melhoria educacional no estado. Esse programa de educação ocorre em Minas desde 2005 atendendo 1.925 escolas, beneficiando cerca de 109.452 alunos.


                                Meio Ambiente

Minas Gerais possui uma enorme variedade na sua fauna e flora, resultantes de sua grande extensão e variedade climática. Podem ser encontrados no estado quatro tipos principais de biomas: Cerrado, Mata Atlântica, Campos de Altitude (ou Rupestres) e Mata Seca. São três os climas, conforme a região: o tropical semiárido ocorre ao Norte, o tropical semiúmido ocorre no Centro-Sul e o tropical de altitude, predominante no estado, ocorre nas regiões mais altas.
O Cerrado predomina em cerca de 50% do Estado, especialmente nas bacias dos rios São Francisco e Jequitinhonha. A Mata Atlântica é o segundo principal bioma em Minas Gerais. A vegetação é caracterizada por ser densa e permanentemente verde, com alto índice de chuvas. Os campos de altitude ou Rupestre são caracterizados pela cobertura vegetal de menor porte, predominando a vegetação herbácea, com arbustos escassos e árvores raras e isoladas. A mata seca é característica do Norte do Estado, com vegetação composta por plantas espinhosas, galhos secos e poucas folhas na estação seca. No período de chuvas, a mata floresce em grandes folhagens.
Com relação à cobertura vegetal original do Estado, devido ao ciclo exploratório do ouro nos séculos passados, bem como pelo próprio desenvolvimento ocupacional, Minas Gerais teve grandes áreas devastadas. Essa situação começou a ganhar preocupação por volta da década de 1980, quando foram criadas e legalizadas áreas com a finalidade de preservação de espécies e do ecossistema. A consciência ambiental é uma prática que tem sido reforçada nos últimos anos, através da criação de leis pautadas na garantia da preservação de áreas verdes e na conciliação dos processos de ocupação e urbanização do estado de forma sustentável.
Com relação à hidrografia, o Estado de Minas Gerais abriga uma grande quantidade de nascentes de importantes rios brasileiros. As nascentes das bacias hidrográficas do São Francisco, Paraná, do Atlântico Leste e do Atlântico Sudeste estão no território mineiro. Aproximadamente 30% do território mineiro é ocupado por rios e lagos, tendo dezesseis bacias fluviais que irrigam distintas formações vegetais. Esses recursos hídricos são amplamente utilizados pelas usinas hidrelétricas e represas, em açudes e canais para irrigação, bem como nas atividades de Turismo e lazer.



                                                                      Turismo

Minas Gerais é um estado grande quanto à sua extensão territorial, e enorme com relação aos destinos turísticos e aos segmentos do turismo que são desenvolvidos nos seus municípios. O Estado, com 853 municípios, reúne riquezas e patrimônios históricos, naturais e culturais convertidos em vários destinos turísticos, sejam eles, culturais, de eventos ou negócios, gastronômicos ou ligados ao ecoturismo.
Segundo pesquisas organizadas pelo Ministério do Turismo em 2009, o turista associa o turismo com o objetivo de descanso/tranquilidade, seguido de diversão e entretenimento e a busca de belezas naturais e lugares bonitos. Ainda nessa pesquisa, o sudeste aparece como a segunda região brasileira mais procurada para destinos turísticos, cerca de 30% da procura. Segundo dados da Secretaria de Turismo de Minas Gerais, o estado apresenta 52 circuitos turísticos que envolvem mais da metade de seus municípios. Desses, 42 já foram certificados pela Secretaria e passam a ser paramentados pelo estado, através de sinalização turística rodoviária e cursos de capacitação e roteirização nas localidades atingidas, além da promoção turística do destino.
Esses circuitos ou destinos turísticos agrupam uma série de municípios, da mesma região, com afinidades culturais, sociais e econômicas. Criada essa identidade regional, os municípios organizam-se e desenvolvem a atividade turística de maneira sustentável, além das localidades ficarem conhecidas e consequentemente desenvolvidas. A criação de diferentes circuitos permite a geração de produtos e roteiros em todo o estado, sempre tendo ressaltada a preservação e manejo dos valores históricos, culturais e ambientais do Estado. Dessa maneira, o fluxo de visitação e a permanência do turista em Minas Gerais contribui para a geração de emprego e renda no Estado de forma geral.
O Estado de Minas no segmento de turismo rural é um dos maiores detentores de propriedades rurais no Brasil, voltadas à exploração desse atividade. Agrega-se a isso a extensa oferta de montanhas, rios, lagos, cachoeiras, grutas e cavernas (de 2 a 3 mil). Quanto ao turismo de aventura, o estado apresenta 12 dos mais elevados pontos dentre os 35 existentes no Brasil, variando a altitude de 2,3 mil m a 2,9 mil metros, e temperaturas que variam entre 0ºC e 33ºC. Além da paisagens, esses picos oferecem aventura para alpinistas e a prática de esportes como o paraglider e asadelta. Quanto aos seus lagos naturais e artificiais, compostos por 14 bacias hidrográficas, esportes náuticos acontecem.
O turismo de negócios tem aumentado nos últimos anos, com o incremento de eventos, sendo sede de eventos de porte nacional e internacional, como reuniões de caráter econômico, como a Reunião Anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em 2006, e a Reunião da Cúpula do Mercosul, em 2004. A capital, Belo Horizonte, ganha destaque nesse segmento, pois feiras, congressos e reuniões possuem mais de 40 locais para realização desses eventos, em centros de convenções, teatros, galerias etc. Juiz de Fora é outro exemplo, com centros de convenções para grandes eventos. Nessa mesma linha está Uberaba, Uberlândia e Araxá que oferecem condições para sediar reuniões e encontros rodeados da típica hospitalidade dos mineiros.
No turismo cultural, a história continua pronunciada e viva no tempo através das antigas vilas criadas na época do ouro no Brasil. Hoje, as conhecidas cidades históricas são locais de extenso e rico acervo em exposição em museus, igrejas e demais passeios pelas ruas, vislumbrando o conjunto de casarios coloniais. Na outra direção, festivais de música, de dança e de teatro, ou qualquer outra modalidade artística acontecem na intenção de produzir, incentivar e divulgar a cultura mineira. O Carnaval, por exemplo, nas cidades históricas costuma ser um evento que atrai milhares de turistas a esses locais.
O turismo gastronômico em Minas oferece roteiros de diversos sabores de encher os olhos e aguçar o paladar. A culinária mineira é reconhecida por ser tipicamente brasileira, devido às circunstâncias simples de elaboração e influências indígenas, negras e europeias. É uma cozinha simples, pois os ingredientes são comumente encontrados em todas as casas. O feijão tropeiro, o frango com quiabo e angu são alguns dos pratos típicos de Minas. Acrescente a eles, produtos de reconhecida qualidade como os seus famosos queijos e suas melhores cachaças. Eventos gastronômicos são encontrados por todo o estado durante todo o ano.
Como exemplo de destinos turísticos, podemos citar a cidade Araxá, com suas águas termais, e também Congonhas, São João del Rei, Tiradentes, Mariana, Ouro Preto, Diamantina e Sabará, cuja história e produção cultural remete-se a época da exploração do ouro no Brasil Colônia. Ainda, Lagoa Santa e a Gruta da Lapinha, Sete Lagoas e Cordisburgo, com a famosa gruta do Maquiné. Quanto à natureza, merece destaque o Parque Nacional da Serra da Canastra e o Parque Natural do Caraça.
Com relação ao ciclo do ouro, a Estrada Real é um riquíssimo atrativo turístico. Por essa estrada as mercadorias e riquezas eram levadas, durante o século XVII, de Ouro Preto (MG) a Paraty (RJ). Ao longo do percurso nasceram vilas, arraiais e povoados. Ainda nesse percurso, minas de ouro, como a da Passagem, em Mariana (a maior do mundo aberta ao público) e as monumentais obras de Aleijadinho, em Congonhas, podem ser conferidas.



Dados Gerais


 
Localização: noroeste da Região Sudeste
Área: 586.552,38 km2
População:  17.891.494
Relevo: planaltos com escarpas e depressões no centro
Ponto mais elevado: pico da Bandeira, na serra do Caparaó (2.889.80 m)
Rios principais: São Francisco, Jequitinhonha, Doce, Grande, Paranaíba, Mucuri, Pardo
Vegetação: floresta tropical, a maior parte com faixa de cerrado a Nordeste
Clima: tropical
Hora local: Horário de Brasília
Capital: Belo Horizonte
Habitante: belo-horizontino
População: 2.238.526
Data de fundação: 12/12/1897

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